Reportagem

Portugal em alerta. A evolução do combate a incêndios ao minuto

A Proteção Civil prepara-se para reavaliar a situação de alerta em Portugal, que, por agora, está em vigor até às 23h59 de quinta-feira. Acompanhamos aqui, ao minuto, a evolução da resposta aos incêndios.

Inês Geraldo, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP /

Emissão da RTP3


Pedro Sarmento Costa - Lusa

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Ponto de situação
RTP /

Fogos na região norte dominados ou em resolução

  • Estão em resolução os incêndios de Penafiel, Celorico de Basto e Vila Real. Os fogos diminuíram em número e em intensidade esta quarta-feira;

  • Cerca de 500 operacionais, apoiados por 160 viaturas, mantêm-se no terreno, atentos aos pontos quentes e possíveis reativações;

  • Um balanço provisório feito pelos presidentes das câmaras de Vila Real e Mondim de Basto aponta para uma área ardida de cerca de três mil hectares nos dois concelhos. Em Penafiel, arderam, pelo menos, 12 hectares;

  • Governo decide esta quinta-feira se prolonga a situação de alerta no país, que, por agora, está em vigor até às 23h59 de quinta-feira.
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RTP /

Situação de alerta em debate na RTP3

A Liga Portuguesa de Bombeiros defende o prolongamento da situação de alerta no país.

O tema dos incêndios esteve em análise, esta noite, numa emissão especial na RTP3.

Os especialistas deixaram críticas à falta de inventários florestais atualizados e à atuação do ICNF nos fogos nos parques do Gerês e do Alvão.
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Lusa /

Um quarto dos fogos investigados este ano teve como origem fogo posto - ICNF

O relatório provisório do ICNF, referente a 31 de julho e hoje divulgado, dá conta que os incêndios investigados até àquela data tiveram como causas mais frequentes as queimas e queimadas (32%), seguido do "incendiarismo -- imputáveis" (25%) e reacendimentos (8%).

O ICNF refere que, dos 4.758 incêndios rurais verificados até ao final de julho, foram investigados 2.895, dos quais 61% têm o processo de averiguação de causas concluído.

De acordo com o relatório provisório, entre 01 de janeiro e 31 de julho deflagraram 4.758 incêndios rurais que resultaram em 33.224 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos (15.545 ha), matos (13.704 ha) e agricultura (3.975 ha).

Em relação ao mesmo período do ano passado, as chamas consumiram cerca de sete vezes mais e os fogos aumentaram 85%.

"O ano de 2025 apresenta, até ao dia 31 de julho, o segundo valor mais reduzido em número de incêndios e o terceiro valor mais elevado de área ardida, desde 2015", lê-se no documento.

O ICNF destaca que foi em julho que se registaram 50% dos fogos deste ano, num total de 2.367, e 77% da área ardida, 25.602 hectares.

O mesmo documento indica também que, até ao final de julho, ocorreram 40 "grandes incêndios" que resultaram em 27.150 hectares de área ardida. O maior fogo foi o que começou a 26 de julho no concelho de Ponte da Barca (Viana do Castelo) e que consumiu, segundo o ICNF, 5.707 hectares de floresta, seguindo-se os incêndios que começaram a 28 de julho nos concelhos de Arouca (Aveiro), com 4.755 hectares, e de Penamacor (Castelo Branco), com 2.904 hectares.

O relatório indica ainda que o Porto (1.014) foi o distrito, até 31 de julho, com maior número de incêndios, seguido de Braga (445) e Viana do Castelo (394), ressalvando o ICNF que são maioritariamente fogos de reduzida dimensão e não ultrapassam um hectare de área ardida.

Por sua vez, o distrito mais afetado pela área ardida é Viana do Castelo, com 7.293 hectares, cerca de 22% da área total, surgindo depois Aveiro, com 5.790 hectares (17% do total), e de Castelo Branco, com 3193 hectares (10% do total).

Este relatório do ICNF, hoje divulgado, não integra os incêndios registados desde os primeiros dias de agosto.

Portugal continental está, desde domingo e até quinta-feira, em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio.

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RTP /

Governo decide esta quinta-feira se mantém situação de alerta

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RTP /

Especialistas apontam falta de planificação no combate a incêndios

Foto: José Pinto Dias - RTP

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RTP /

Samardã. Frente de 300 metros dominada

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Lusa /

Proteção Civil registou 73 ocorrências e avalia manter prontidão especial até domingo

Segundo Mário Silvestre, comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), das 73 ocorrências entre as 00:00 e as 17:00 de hoje, 27 registaram-se "em período noturno", empenhando um total de 1.800 operacionais e 474 meios terrestres, e realizaram-se 88 missões aéreas.

"O Norte de Portugal, nomeadamente a sub-região do Tâmega e Sousa continua a ser" a "mais afetada", com registo "de 27 ocorrências até às 17:00", disse o comandante nacional.

No ponto de situação na sede da ANEPC, em Carnaxide (Oeiras), pelas 19:00, Mário Silvestre referiu ainda que levantavam "maior preocupação" duas ocorrências em Samardã, Penafiel, e em Marco de Canavezes, no distrito do Porto.

No combate às chamas nestes dois incêndios, que tiveram início hoje, estavam "empenhados 107 operacionais, com 32 veículos e três meios a aéreos".

O responsável operacional da ANEPC salientou que "o estado de prontidão especial irá manter-se em vigor" até quinta-feira, no nível três, numa escala de quatro.

Contudo, acrescentou, "por certo" irá manter-se o estado de prontidão especial para sexta-feira e para o fim de semana.

"Estamos ainda a decidir e a avaliar qual o nível em que iremos manter o estado de prontidão", afirmou.

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Lusa /

Temperatura máxima volta a subir no fim de semana e pode chegar aos 43°C - IPMA

"Nos dias 09 e 10 [sábado e domingo], os valores da temperatura máxima irão subir e manter-se elevados até dia 11 [segunda-feira], podendo variar entre 30 e 38 graus Celsius na generalidade do território do continente e atingir 43 graus Celsius em alguns locais, nomeadamente no interior da região Sul e nos vales dos rios Tejo e Douro", refere o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em comunicado.

Ainda segundo o IPMA, a temperatura mínima continuará a ultrapassar os 20 graus Celsius no interior das regiões Norte e Centro, "estendendo-se ao interior Sul durante o próximo fim de semana".

Entre hoje e sexta-feira, salienta o IPMA, deverá registar-se uma "ligeira descida dos valores da temperatura máxima", que será mais significativa no litoral oeste, "mantendo-se, no entanto, os valores mais elevados no interior das regiões Norte e Centro".

"Os valores da temperatura máxima, já registados nos anteriores episódios de tempo quente, têm estado a contribuir para uma onda de calor podendo em alguns locais do interior não ser interrompida com a descida temporária de temperatura", lê-se na nota.

O IPMA refere que o estado do tempo em Portugal continental está a ser influenciado por um anticiclone localizado a norte da região dos Açores que se desloca "gradualmente para leste/nordeste, intensificando e posicionando-se a sudoeste das ilhas Britânicas" na sexta-feira.

Esta situação, "em conjunto com uma região depressionária entre o norte de África e a Península Ibérica, origina sobre Portugal continental transporte de uma massa de ar quente e seco provenientes do norte de África", acrescenta o IPMA.

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Lusa /

Detida em Vila Real por atear fogo em habitação e terreno agrícola

Em comunicado, a Polícia explicou que a identificação e detenção da mulher aconteceram no decorrer de uma ação de patrulhamento na zona de Vila Nova

A PSP disse ainda que, no local, compareceram os bombeiros da Cruz verde de Vila Real que "prontamente extinguiram o incêndio, registando-se apenas danos materiais".

A detenção foi feita por polícias da esquadra de Vila Real e a suspeita foi presente ao Ministério Público da comarca local.

A Polícia de Segurança Pública aproveitou para sensibilizar a população para a adoção de comportamentos responsáveis tendo em conta as condições meteorológicas que se fazem sentir e para que as autoridades policiais sejam contactadas sempre que se verificarem comportamentos proibidos e que possam constituir crime.

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RTP /

Ministra afirma que "há sempre escassez de meios" em quadros complicados

Foto: Fernando Veludo - Lusa

A ministra explicou que são 72 os helicópteros que estão disponíveis para o combate às chamas que o número de aviões é sempre articulado com a Força Aérea que sempre disponibiliza meios quando é possível.

Maria Lúcia Amaral disse também que todo o dispositivo está concentrado em combater o que acontece e lembrou que os relatório científicos dão conta de que situação de área queimada em Portugal, é semelhante noutros países que lutam contra o mesmo.

"Estão mobilizados todos os meios disponíveis".
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RTP /

Militares das Forças Armadas vão fazer vigilância e patrulhamento em Vila Real e Mondim de Basto

O incêndio entrou em fase de resolução perto das oito da manhã. A Proteção Civil assegura que o perímetro do incêndio está estabilizado.
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RTP /

Mais de 2000 operacionais continuam a luta contra as chamas

Por volta das 16h45, o site da ANEPC anunciava que Portugal tinha cerca de 92 ocorrências, nas quais estavam presentes mais de 2100 operacionais, acompanhados de mais de 600 meios terrestres e 22 meios aéreos.
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RTP /

Boelhe. Bombeiros, populares e helicópteros lutam contra as chamas

Perto de Boelhe, na Samardã, também ardeu. Há registo da destruição de uma casebre e de uma casa habitada por uma idosa de 80 anos que resistiu à saída.

O incêndio começou por volta das 09h30.
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Celorico de Basto. Bombeiros acreditam que vão dominar incêndio esta quarta-feira

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Fábrica de urnas em Fregim ardeu por completo

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RTP /

Homem detido em Ferreira do Zêzere

A Polícia Judiciária anunciou esta quarta-feira que deteve um homem de 31 anos, em Ferreira do Zêzere, por suspeita da autoria de um crime de incêndio florestal no dia 31 de julho. 

"O incêndio foi ateado com recurso a chama direta (isqueiro), num interface urbano-florestal composto nas imediações por aglomerados habitacionais e complexos comerciais, tratando-se de uma zona com vasta mancha florestal, povoada com pinheiro bravo, carvalhos, eucaliptos e mato", pode ler-se no comunicado da PJ. 

O documento explicou ainda que a pronta intervenção das autoridades levou a que a área ardida fosse escassa. 

O autor do incêndio foi apanhado por um condutor que passava pelo local, colocando-se em fuga. A PJ revelou que não conhece as motivações do crime.
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Combate aos incêndios. Governo reforça meios aéreos até 2030

Foto: José Pinto Dias - RTP

Uma mudança da estratégia em relação ao executivo de António Costa.
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Investimento de cerca de 16 milhões de euros
RTP /

Governo vai adquirir dois `kits` de combate a fogos para aviões C-130

O ministro da Defesa Nacional anunciou hoje que o Estado vai adquirir dois 'kits' de combate aos incêndios florestais para equipar duas aeronaves C-130, num investimento de cerca de 16 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas no Ministério da Defesa Nacional, em Lisboa, à margem de uma cerimónia de designação de dirigentes de direções-gerais do seu ministério, Nuno Melo anunciou que o Conselho de Ministros aprovará a aquisição de dois dos “mais modernos 'kits' de combates a fogos florestais” para equipar as aeronaves C-130 da Força Aérea.

Esta compra terá um custo a rondar os 16 milhões de euros, disse o ministro, acrescentando que o objetivo do Governo é que estas duas aeronaves estejam disponíveis com a “maior rapidez” possível, embora não este ano, porque é preciso tempo aplicar os 'kits' e formar novas equipas para este tipo de missões.

“Os 'kits' de incêndio, de novo, colocados nos C-130, transportam muito maior quantidade de água, suponho que até 12 toneladas, com descargas muito maiores de uma só vez ou parcelares, comparativamente com helicópteros e serão, em complemento, um equipamento importante”, explicou.

No total, acrescentou o ministro, o país terá disponíveis para combate aos fogos nove helicópteros Black Hawk, cujo início de operação está previsto para 2026, bem como dois bombardeios Canadair entregues a Portugal em 2030.

Questionado sobre a notícia do jornal Público, que dá conta de que a Força Aérea Portuguesa tem 10 aeronaves (três aviões KC-390 sete helicópteros Koala) que podiam ser usadas para combater incêndios rurais, mas não os utiliza para este fim porque o Estado não comprou os ‘kits’ que permitem adaptar os aparelhos para esta missão, Melo explicou que esses equipamentos estão pensados para outro tipo de funções.

“KPC-390 não tem nada a ver com kits de incêndios, muito embora, por exemplo, no Brasil, alguns recebem kits de incêndios para cenários completamente diferentes (...) que não tem nada a ver com a realidade portuguesa. Portugal tem uma dimensão e uma natureza, o Brasil tem outra e para Portugal os C-130 são aviões muito melhor preparados”, detalhou.

Sobre os Koala, Nuno Melo afirmou que estão a ser utilizados nos incêndios para o “transporte de operacionais, entre outras coisas” e que “nem sequer é correto dizer-se que não estão a ser utilizados”.

c/ Lusa
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Lusa /

Cerca de três mil hectares de área ardida em Vila Real e Mondim de Basto

O presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, referiu ser esta a primeira avaliação do incêndio rural que deflagrou no sábado à noite, em Sirarelhos, no concelho, e que entrou em fase de resolução às 07:45 de hoje.

"Estamos a falar de um prejuízo para aquilo que é a nossa biodiversidade e o Parque Natural do Alvão [PNA], que vai demorar anos a ser recuperado. Estamos a falar de mais de 3.000 hectares de área ardida", afirmou o autarca.

Alexandre Favaios apontou ainda algum impacto na agricultura, mas ressalvou que a avaliação dos prejuízos vai ser a "missão para os próximos dias".

"Como é obvio, o balanço, nesse aspeto, é extremamente negativo. Apesar de tudo, o aspeto positivo é não termos nenhuma habitação que foi consumida, que foi sequer danificada", referiu, lembrando a intensidade e a grande dimensão do fogo, que atingiu que percorreu várias aldeias.

O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Bruno Ferreira, disse que no seu concelho -- onde a área afetada representa um terço da área ardida total deste fogo - o principal dano foi na floresta e na paisagem.

"Já tivemos mais de 1.000 hectares de área ardida no nosso concelho, o PNA também tem sido fustigado por este incêndio, o que nos traz também bastante preocupação do ponto de vista até da sustentabilidade, mas também do ponto de vista económico", afirmou o autarca à Lusa.

Mas o estrago não foi só na floresta, foi também no pasto, que "foi substancialmente destruído".

"Tendo em conta que ainda temos um pastoreio extensivo, ou seja, a alimentação dos animais na montanha, este é também um sinal já de alerta para aquilo que possam ser as consequências futuras", referiu Bruno Ferreira.

O autarca elencou várias atividades afetadas: o turismo, a apicultura, a pastorícia e a floresta e a resinagem.

Em consequência deste incêndio arderam também, na área de Mondim de Basto, uma casa de segunda habitação, uma antiga casa florestal requalificada, alguns apiários, muros de suporte e a infraestrutura de abastecimento de água em Ermelo.

"No fundo há aqui um impacto ambiental e económico e terá que ser feita uma avaliação em conjunto com todas as entidades, quer municipais, quer nacionais, para encontrarmos soluções", frisou.

No entanto, Bruno Ferreira disse que o incêndio ainda não terminou e, portanto, o foco é o combate, mas ao mesmo tempo perceber também de que forma se conseguem ir resolvendo os pequenos problemas que vão aparecendo.

 

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RTP /

Incêndio de Vila Real dominado quatro dias depois

Foto: Soraia Ramos - RTP

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Incêndio de Amarante em resolução

Foto: Pedro Miguel Gomes - RTP

Em Penafiel, o incêndio esteve perto de habitações, mas acabou por destruir apenas um edifício devoluto.
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Empresa de urnas destruída pelas chamas em Amarante

Em Amarante, uma empresa que fabrica urnas em Louredo ficou totalmente destruída.

Na empresa trabalhavam cerca de 20 trabalhadores.
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RTP /

Incêndio em Celorico de Basto deve ficar dominado esta quarta-feira

O incêndio mantem-se com três frentes ativas nas freguesias de Infesta e Arnóia, duas áreas com difíceis acessos para os meios terrestres.

Várias pessoas tiveram de deixar as suas habitações e as chamas atingiram algumas casas devolutas. As autoridades garantiram que não foi atingida nenhuma primeira habitação.
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RTP /

PJ e GNR detêm suspeito de dois crimes de incêndio florestal em Felgueiras

A Polícia Judiciária, com a colaboração da GNR, deteve um homem indiciado pela autoria de pelo menos dois crimes de incêndio florestal ocorridos no dia 3 de agosto na localidade de Macieira da Lixa e Caramos, Felgueiras.

“As ignições foram provocadas com recurso a chama direta e tiveram uma rápida progressão, atendendo ao índice de muito elevado risco de incêndio florestal naquela área, tendo consumido cerca de 1,5 hectares da mancha florestal composta por eucaliptos e arbustos”, lê-se em comunicado.

“Os dois focos de incêndio em causa criaram ainda perigo para uma mancha florestal muito significativa, bem como para vários edificados, essencialmente residências existentes na orla da dessa área”.

O detido tem 49 anos e é residente na área. Vai agora ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
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RTP /

Incêndio em Celorico da Basto com três frentes ativas

Em Celorico de Basto continuam cerca de 300 operacionais no terreno a combater o único incêndio ativo neste momento em Portugal continental que conta com três frentes ativas.
A situação mais complicada é nas freguesias de Arnóia e Infesta, duas zonas de difíceis acessos como explicou à RTP Nuno Machado, adjunto do comando dos bombeiros de Celorico de Basto.
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RTP /

Incêndios. "Meios nunca serão suficientes, mas temos evoluído muito"

Foto: Jorge Esteves - RTP

No entanto, para José Alberto Rio Fernandes é "claro que os meios nunca serão suficientes, mas temos evoluído muito".

Em relação à prevenção, o geógrafo realça que a "nossa floresta não tem mudado nada. Continuamos sem saber quem são os proprietários e continuamos sem saber gerir a floresta".

Para José Alberto Rio Fernandes, "o maior problema é não existir ordenamento do território" e o desinteresse da muitos dos proprietários por um território "que deixou de ser rentável economicamente".

O geógrafo defende "uma floresta menos produtivista" e que "devíamos voltar à floresta nacional portuguesa com espécies autóctones".

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Sara Araújo de Almeida - Antena 1 /

Três aviões e sete helicópteros fora de serviço por falta de peças adicionais

Mário Raposo - RTP

O combate aos incêndios em Portugal podia contar com mais uma dezena de aeronaves. Três aviões e sete helicópteros da Força Aérea tinham condições para reforçar o dispositivo.

No entanto, isso só não acontece, porque o Estado não comprou os kits, com as peças para adaptar os aparelhos a esta missão.

A Força aérea comprou em 2022 seis helicópteros médios, os UH-60 Black Hawk, e no ano passado decidiram comprar mais três. O contrato já previa a aquisição de um conjunto de baldes.

As primeiras duas aeronaves chegaram ao país em 2023, mas só se prevê que comecem a combater os incêndios no próximo ano.
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RTP /

Dominado fogo de Vila Real

O incêndio que lavra em Vila Real desde sábado foi dado como dominado pelas 07h45 de hoje, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

"Às 07h45 mudámos a situação deste incêndio para em resolução, isso quer dizer que o incêndio está dentro do seu perímetro, está estabilizado, mas ainda temos alguns pontos muito quentes, outros com alguma chama ativa mas com equipas em trabalho", afirmou José Guilherme, segundo Comandante Regional do Norte, que falava aos jornalistas pelas 08h00 no posto de comando.

O incêndio que lavra desde às 23h45 de sábado teve início em Sirarelhos e serpenteou a serra do Alvão, passando por várias aldeias, até passar para o concelho de Mondim de Basto, atingindo área do Parque Natural do Alvão (PNA).

c/ Lusa
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RTP /

Falta de kits deixa aviões em terra

Dez aeronaves do Estado estão fora do combate aos fogos por falta de kits de combate a incêndios. O jornal Público avança que em causa estão três aviões e sete helicópteros que necessitam destes equipamentos para serem adaptados para combater os incêndios

A Força aérea já comprou outros nove aparelhos mas ainda não estão a operar.
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Lusa /

Programa de Reabilitação para Incendiários anunciado em 2018 ainda não foi implementado

Em resposta enviada à Lusa, a Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais (DGRSP) explicou que o programa "foi objeto de avaliação e de reformulação" e adiantou também que foi dada formação a 38 técnicos.

"Todavia e em termos práticos, o programa ainda não foi implementado junto da população reclusa", acrescentou a DGRSP, sem adiantar uma data para a implementação do Programa de Reabilitação para Incendiários.

Neste momento, de acordo com os números adiantados pela DGRSP, as cadeias portuguesas têm 86 pessoas presas pelo crime de incêndio florestal. Deste total, 40 foram condenados a pena de prisão efetiva, 25 foram considerados inimputáveis e encontram-se a cumprir medida de internamento, 16 estão em prisão preventiva a aguardar julgamento e cinco esperam que a condenação transite em julgado.

O registo de condenados e de inimputáveis - 65 reclusos - é o número mais elevado desde 2013, ano em que há registo e em que existiam nas prisões 21 presos pelo crime de incêndio florestal. Em comparação com os dados do ano passado, atualizados a 31 de dezembro de 2024, há agora mais 15 presos.

Além dos detidos nas prisões, há ainda a registar, neste momento, 13 pessoas com vigilância eletrónica - 11 no âmbito da suspensão da execução da pena de prisão e 2 em liberdade condicional.

O Programa de Reabilitação para Incendiários começou a ser desenhado em 2016, tendo a DGRSP avançado com uma proposta de adaptação para o contexto português do programa "Firesetting Intervention, Programme For Prisoners", da Universidade de Kent, no Reino Unido, que tinha como objetivo prevenir a reincidência.

De acordo com a informação avançada hoje pela DGRSP, os conteúdos deste programa foram revistos em 2019 e durante os anos de 2021 e 2022 foram feitas "ações de formação dirigidas a aplicadores do referido programa, tendo sido capacitados 38 técnicos superiores e de reinserção social".

A DGRSP informou que foram feitos testes ao programa, que revelaram "a sua desadequação às características sociocriminais e psicológicas/psiquiátricas dos sujeitos condenados a pena privativa de liberdade pelo crime de incêndio florestal". Por isso, acrescentou a mesma fonte, "está a equacionar-se o reajustamento do programa para aplicação no âmbito das penas e medidas de execução na comunidade".

 

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Situação de alerta em reavaliação

  • A Proteção Civil vai reavaliar esta quarta-feira a situação de alerta em Portugal, que, por agora, está em vigor até às 23h59 de amanhã. Uma eventual prorrogação será decidida com base na informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera;


  • Este ano, os incêndios já queimaram quase 42 mil hectares, oito vezes mais do que no mesmo período de 2024;


  • O incêndio de Amarante, cujo combate continua a mobilizar centenas de operacionais, aproximou-se de casas durante a madrugada e acabou por destruir uma fábrica e parte de uma estrutura agropecuária, onde estavam cerca de 500 rolos de feno para gado. O prejuízo é de milhares de euros;


  • O incêndio em Penafiel foi dado como controlado cerca das 23h00. A frente de Oldrões e Valpedre, que chegou a aproximar-se de casas, foi controlada. Um bombeiro teve de receber assistência;


  • Uma dezena de aeronaves do Estado está fora do combate aos fogos por falta de kits para o efeito. O jornal Público noticia que em causa estão três aviões e sete helicópteros que necessitam destes equipamentos para serem adaptados ao combate a incêndios. A Força aérea já comprou outros nove aparelhos, mas ainda não estão a operar;


  • Mais de 100 concelhos do interior norte e centro e dois do Algarve encontram-se esta quarta-feira em risco máximo de incêndio;


  • Segundo o IPMA, estão em risco máximo de incêndio todos os concelhos dos distritos de Bragança e Guarda e a maioria dos municípios de Vila Real, Castelo Branco e Viseu. Estão também nesta situação dezenas de municípios dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Coimbra, Aveiro, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Portalegre, Beja e Faro;


  • Em risco muito elevado estão mais de 50 concelhos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Portalegre, Beja e Faro;


  • O IPMA colocou em risco elevado grande parte do interior alentejano e dezenas de outros municípios nos distritos de Faro, Lisboa, Santarém, Leiria, Aveiro e Braga;


  • Em risco moderado estão cerca de 40 municípios, a maioria no litoral, nos distritos de Porto, Aveiro, Leiria, Lisboa e Faro, assim como toda a península de Setúbal e dois municípios de Évora e um de Portalegre.


  • O IPMA prevê para esta quarta-feira uma descida da temperatura, embora persista o tempo quente, e céu pouco nublado ou limpo, com nebulosidade na faixa costeira ocidental. As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 16 graus Celsius, em Viana do Castelo, e os 24 graus, em Portalegre, e as máximas entre os 25 graus Celsius, em Sines, e os 39 graus, em Beja.

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Penafiel. Chamas avançam na freguesia de Valpedre

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Amarante. Incêndio em Louredo prontamente atacado pelos bombeiros

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Bombeiros atingem níveis elevados de cansaço após semanas de combate

Foto: Núria Melo - RTP

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Foram detidos três suspeitos de fogo posto

Foto: RTP

O outro, um homem de 52 anos, é suspeito de ter ateado ontem um incêndio em Amares. A GNR fez a terceira detenção. Trata-se de um homem de 43 anos apanhado em flagrante.
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Empresários de pirotecnia contestam proibição de fogo de artifício

Foto: Reuters

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António Filipe acusa Governo de ignorar recomendações dos bombeiros

Foto: Gonçalo Costa Martins - Antena 1

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